quinta-feira, 27 de março de 2014

A Petrobras já não é a mais a mesma!

Após 11 anos de governo petista, infelizmente a Petrobrás, a maior empresa do Brasil, já não é mais a mesma! Num emaranhado de “companheiros” em cargos chave, absolutamente despreparados e sem fazer coisa alguma e com salários felpudos não poderia dar em outra coisa. Desmandos e desvio da missão primeira da empresa que é a de extrair e comercializar petróleo de qualidade, para agora sair das páginas econômicas de jornais e revistas para ocupar as páginas policiais, com a prisão de um ex-diretor da companhia, com suspeita de pagamentos de propina e compra superfaturada de refinarias no exterior. O que, lamentavelmente, já não é mais novidade neste governo cercado de lamas, vide os acontecimentos com o Sr. Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que ainda deve uma explicação aos acionistas do banco e aos brasileiros de um modo geral.
Em realidade, nenhum país sério usa uma empresa de renome como a Petrobrás para segurar preços de combustíveis para esconder a ineficiência governamental e sucatear a empresa deixando-a, literalmente, no fundo do poço como as empresas petrolíferas da Venezuela de Hugo Chaves e Nicolás Maduro.
A Petrobras já vinha com a imagem arranhada dentro e fora do país, por excesso de interferência política do governo petista na empresa. Assim, suspeitas de compra bilionária de uma refinaria em “Pasadena”, no Texas (EUA) e do suposto suborno para acelerar contratos foram agravadas com a prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, na operação Lava Jato da Polícia Federal.
Alvo de críticas desde 2006, quando começaram as tratativas com a empresa belga “Astra Oil Company”, a transação voltou à cena com a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Polícia Federal (PF) sobre supostas irregularidades no negócio responsável por causar prejuízo de quase US$ 1 bilhão à companhia brasileira, que incide diretamente no bolso dos brasileiros que é na ponta final quem paga a conta. Lembre-se que dinheiro do tesouro é dinheiro do povo recolhido através dos impostos escorchantes extraído dos brasileiros.
Aprovada por Dilma Rousseff quando a presidente comandava o conselho de administração da estatal, a decisão teria sido embasada em relatório, técnica e juridicamente falho, feito pela diretoria da época, conforme justificativa do Palácio do Planalto e que foi descartada por ex-dirigentes da empresa que reagiram afirmando que havia informações disponíveis suficientes.
Desta forma, investidores que já estavam desconfiados com a intervenção do governo na estatal, ficam ainda mais ressabiados — comentam especialistas.
Para controlar a inflação, o governo freia aumento no preço dos combustíveis, mesmo quando o barril de petróleo se mantém mais alto no Exterior, resultando em problemas de caixa para a empresa.
A intervenção nos preços e problemas na produção da companhia que não avançam, corroeram o valor das ações, chegando ao menor nível desde 2005, R$ 12 por ação a qual já valera R$ 70 por ação. O desequilíbrio no caixa pressiona a dívida da Petrobras que pode ter sua nota de crédito rebaixada, tendo que captar recursos externos com juros mais elevados que o corrente nas praças de crédito.
A crise de caixa da empresa ficou famosa por atrasar o pagamento de contas e o fundo criado para ajudar a desenvolver as cadeias locais de fornecimento não recebeu o dinheiro que lhe era devido. Daí, o alerta de especialistas: pequenas empresas podem falir por isso.
O valor de mercado da companhia está hoje em R$ 179 bilhões, menos da metade de R$ 380 bilhões em 2009 quando o preço do petróleo explodiu e a empresa ainda festejava a descoberta do pré-sal.
Por outro lado, os números da operação da compra da refinaria em “Pasadena” assustam.
A empresa belga “Astra Oil Company” comprou a refinaria em “Pasadena” por US$ 42,5 milhões em 2005. Um ano depois, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade da unidade, negócio aprovado por Dilma, então presidente do conselho de administração. Em 2007, recebe proposta para comprar tudo. O conselho da estatal veta o negócio. A belga recorre à Justiça americana para obrigar a estatal brasileira a adquirir a outra parte. Em 2012, a Petrobras é obrigada a pagar à “Astra Oil” US$ 820 milhões para comprar os outros 50% da refinaria. A estatal tenta vender a unidade, mas a oferta mais alta que recebe é de US$ 180 milhões.
Em meio a tantas dificuldades, é muito pouco provável que a Petrobras atinja sua própria meta de mais do que dobrar a produção e chegar a 5,7 milhões de barris por dia até 2020, pois os planos estão bem atrasados. O baixo desempenho está fazendo com que o país seja visto com maus olhos. Executivos do setor petrolífero comentam que uma promessa brasileira já não vale nem o papel em que foi escrita. Difícil não?
Atolada neste imbróglio, a Petrobras foi superada pela estatal colombiana “Ecopetrol” e está chegando ao nível da “Pemex”, a grande burocrata que controla o setor mexicano de petróleo e gás.
Para o mercado mundial, a Petrobras ainda não é grande o suficiente para causar um problema no mercado global e os antigos campos de petróleo continuam produzindo. No entanto, esse panorama é uma crescente preocupação para as empresas ocidentais que têm investimentos no Brasil em parceria com a Petrobras, já que essa situação pode ser um elemento significativo em seus portfólios globais, o que traz ainda um panorama problemático para acionistas de fundos corporativos estrangeiros que investem em mercados emergentes e, portanto, detêm ações da Petrobras.

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