quinta-feira, 31 de julho de 2014

“Oba Oba” brasileiro

Fim das festas esportivas com a copa do mundo é hora de cair na realidade do país e do atual estágio do futebol brasileiro.
De há muito o futebol deixou de ser um esporte que contava apenas com o talento individual de atletas onde o Brasil com suas várzeas, tinha a custo zero a formação de seus talentos necessários.
Assim como qualquer coisa na vida, tudo evolui de uma forma ou de outra e com o futebol não seria diferente.
Os estrategitas do esporte sempre buscaram em outros esportes, coletivos ou não, qualidades que poderiam ser aplicadas a outras modalidades esportivas. Assim o futebol jogado atualmente segue muito a linha do basquetebol onde se ataca com todos e se defende com todos encurtando os espaços no campo de jogo e que, pelo menos em tese, tenderia a eliminar o talento onde o objetivo principal é o resultado, é a objetividade na busca do gol e também de não tomar gol. Os jogadores são como operários trabalham o jogo todo e se entregam em todas as partes do campo. Assim, todos devem saber realizar bem as suas funções agora mais ampliadas com qualidade no passe, na aplicação em campo, na posse de bola cuja tese é fazer o outro time se cansar correndo atrás da bola e com paciência aguardar o momento adequado para dar o bote e marcar o gol.
Apenas o nosso técnico da seleção brasileira não sabia disso. Que pena!
O futebol baseado no basquetebol se joga com os vinte e três convocados. Não existem mais, onze titulares e onze reservas. É um todo e cada atleta deve estar preparado física e taticamente para entrar em jogo à medida da necessidade de se anular o que o adversário se impõe no campo de jogo.
Há muito os países desenvolveram o agrupamento dos atletas em times que pressupõe um grupo de atletas que se enquadram em uma estratégia de jogo e não em uma seleção, como no Brasil, que se pressupõe a escolha dos melhores atletas, que invariavelmente pode não funcionar na modalidade de time ou equipe. O exemplo disso é o time inglês que é chamado de “English team” e não propriamente uma seleção dos melhores como por aqui.
Nesse sentido, os sete a um, e, que a Alemanha colocou para cima da gente, retrata bem o atual estágio do nosso futebol e do nosso país. O país da improvisação, do “oba oba”, do fazer em última hora, de não levar em conta o conhecimento, a preparação e, principalmente, as estruturas tanto do futebol quanto do país como um todo.
Chega de “oba oba” na política, no futebol, na mídia. Chega de circo. Chega de anúncio de programas governamentais insossos que não se chega a lugar algum e servem apenas para enganar uma nação que tem cinqüenta por cento de pessoas analfabetas.  
Chega principalmente, de ideologias que não busquem o trabalho sério, o conhecimento através da qualidade dos estudos, da dignidade humana, e de uma consciência que pratique a verdade como ponto de partida para uma nação. Desliguemos, portanto, dos jeitinhos e das improvisações.
Pense nisso!

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