domingo, 30 de novembro de 2014

Ipatinga também deseja mudanças

Usando a velha máxima em política, de que “em mineração e eleição, somente depois da apuração” eu acrescentaria que, além dessa verdade, as urnas também falam e cabe aos agentes políticos interpretarem os significados dados pela sociedade.
Assim, creio que a cidade de Ipatinga como toda a região do Vale do Aço está sedenta por mudanças, embora somente a cidade de Ipatinga, com o maior colégio eleitoral da região tivesse dado o seu recado no Segundo Turno: Aécio Neves 53,06% e Dilma Rousseff 46,94% dos votos válidos.
Em realidade, temos presenciado em nossa região mais do mesmo. Não temos avançado enquanto região metropolitana, enquanto colar metropolitano, enquanto volume populacional, seguidos dos chavões já conhecidos das dificuldades na educação, no transporte, na saúde pública, segurança pública, etc.
Indústria e comércio locais estão em baixa. A dependência das grandes empresas ainda persiste na região. O que pulsa nas economias locais provém um pouco do comércio, ressentido pelo baixo desenvolvimento regional e da carência de novos empregos e de um pouco da indústria que precisa de novos ares com foco na diversidade para sobrevivência.
O setor de serviços que cresce em todas as partes do país e do mundo também sofre pela falta de renda da população.
Associemos a tudo isso o elevado grau de descontrole da economia brasileira, a elevada taxa de juros, a elevada inflação, a elevada carga tributária, a logística desfavorável da região e os aumentos dos preços administrados pelo governo federal que, erroneamente, ficaram represados nos últimos quatro anos. Desta maneira, presume-se, que a situação regional não é nada favorável.
Cabe então ao setor público como agente de organização e reorganização local dar as diretrizes para o desenvolvimento da região onde o turismo pode ser uma grande saída, dentre outros.
É preciso revigorar as escolas da região, em todos os níveis, trabalhando-as com alto padrão de ensino e que esse ensino se transborde para toda a sociedade regional no sentido de que ao se visitar o Vale do Aço, o visitante se sinta acolhido em um ambiente diferenciado, numa região diferenciada, onde se trabalha para o bem estar de toda a sociedade e quer ver isto reverberado e ampliado para todo o estado mineiro e para o país como um todo.
A política regional também não tem produzido nada de interessante. Falta-nos renovação aos quadros partidários e responsabilidades aos partidos políticos para apresentarem candidaturas que correspondam aos verdadeiros anseios da sociedade que tem ficado sem opção séria e adequada para direcionar o precioso voto e contar com o vigoroso empenho do eleito em prol das grandes causas da região, que se confundem com as grandes causas do país.
Assim, os acontecimentos mais importantes em nossa região ficaram por conta da iniciativa privada, e nesta visão, praticamente, o último acontecimento importante, reconhecido pela população, foi a construção do “Shopping do Vale do Aço” no ano de 2000, e que passa agora por um revigoramento e ampliação.
Por outro lado, é preciso desaparelhar e diminuir as folhas de pagamento (inchadas) das prefeituras locais, trazendo ética, probidade e qualidade administrativa aos setores públicos locais para que se possa realizar mais, proporcionando orgulho aos cidadãos e previsibilidade aos agentes econômicos, com administrações transparentes e inovadoras que venham ao encontro dos reais anseios da sociedade regional.

Pensem nisso!

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