terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Governo x Governo

O Governo Federal é mesmo uma “gracinha” como diria uma ex-apresentadora de TV. Produz toda a distorção atual em que o Brasil se encontra e depois manda a conta para o nosso bolso. Há quem diga até que o atual governo se parece a um bêbado gigante o qual não se agüenta de pé e vem atabalhoadamente caindo sobre todos nós.
Assim, a atual inflação, por exemplo, foi fabricada pelo próprio governo que manteve os preços administrados, contidos artificialmente da influencia do mundo real do mercado para agora de maneira abrupta, jogar todos os reajustes mercadológicos e de sua ineficiência administrativa a nós brasileiros.
Mas o que são preços administrados? Os economistas chamam de preços administrados aqueles insumos que dependem da mão administrativa do governo. Ou seja, os preços administrados se referem aos preços que são insensíveis às condições de oferta e de demanda, porque são estabelecidos por contrato, ou por um órgão público. Eles são regulados em nível federal pelo próprio governo ou por agencias reguladoras federais, além dos preços que são determinados por governos estaduais ou municipais.
Nos preços administrados que são regulados em nível federal estão incluídos os preços dos serviços telefônicos, produtos derivados do petróleo (gasolina, gás de cozinha, óleo para motores, etc.), além de eletricidade e planos de saúde.
E como esses preços são determinados? A determinação dos preços administrados varia, dependendo da categoria a que pertencem: os preços dos derivados de petróleo no atacado (gasolina, gás de cozinha, óleo para veículos), por exemplo, são determinados pela Petrobrás, que os ajusta periodicamente, procurando manter a equivalência em relação aos preços internacionais em reais, o que não ocorreu nos últimos 12 anos de governo petista.
Os preços da energia elétrica e telefonia são regulados por contratos de concessão preestabelecidos entre o governo federal e as empresas privadas que fornecem esses serviços para os consumidores. Lembrando aos leitores que a atual Presidente da República, a Sra. Dilma Rousseff, foi ministra de Minas e Energia no governo LULA, de 2003 a 2005 e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás de 2003 a 2010.
Para os demais preços administrados, a periodicidade e a magnitude dos reajustes são discricionárias (sem restrições), e se formam de acordo com as respectivas autoridades reguladoras. Mas, na prática, a inflação passada tem um papel fundamental na determinação desses reajustes. Imagine então a administração desses preços para o ano que vem!
Com a dívida pública do governo federal acontece a mesma coisa. O governo arrecada muito; utiliza mal os recursos; gerencia mal todo o processo e produz distorções, claro.
Assim, o governo aumenta a taxa de juros através da taxa Celic (taxa de juros base da economia), hoje em 14,25% a.a., (a mais elevada do mundo), para baixar a inflação que ele mesmo formou e depois passa o chapéu para a sociedade brasileira através do chamado Ajuste Fiscal na intenção de fazer caixa para pagar a dívida que ele mesmo, governo, fabrica através do aumento da taxa de juros Celic. Lembremos que a cada ponto percentual de aumento na taxa Celic, eleva-se a dívida brasileira em R$ 23 bilhões.
A dívida do Brasil hoje está em R$ 2,452 trilhões, ou seja 84% do PIB (toda a produção do país). Parece que estamos enxugando gelo, não? Elevamos os juros para conter uma inflação fabricada de um lado e de outro aumentamos a dívida do estado assustadoramente para logo em seguida precisar de mais recursos para pagar a dívida.
O remédio governamental tem sido apenas o de aumentar os impostos dos brasileiros ao invés de cortar gastos governamentais, o que é obvio a qualquer cidadão brasileiro, ou seja, cortar ministérios, cortar os 107 mil cargos comissionados de funcionários não concursados com salários de topo da hierarquização do governo federal, das autarquias federais e das folhas de pessoal inchadas das estatais.
Por fim, é preciso atuar na eliminação do Custo Brasil que deixa as empresas do setor privado não competitivas interna e internacionalmente e atacar a burocracia existente no estado brasileiro.
Haja fôlego!

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