quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Conversa com Esquerdista

Na semana passada falamos da tentativa dos esquerdistas de se colocarem como exclusivistas na defesa aos mais pobres o que, em realidade, não corresponde à verdade, o que somente faz enganar os menos avisados.
Hoje vamos falar de mais duas pérolas dos esquerdistas.
Assim, é muito frequente em conversas com os esquerdistas ouvir o chavão: Você defende o interesse dos mais ricos.
Pois é, esse é mais um discurso que qualquer liberal já ouviu inúmeras vezes, o qual trás a falsa ideia de que o liberalismo defende os interesses dos mais ricos.
Paremos e pensemos. Caso você seja um empresário bem sucedido que emprega milhares de pessoas e mantem um alto padrão de vida por desenvolver esse trabalho, qual o seu interesse em seu negócio? É de que ele possa prosperar e abocanhar a maior fatia do mercado para defender o seu patrimônio e o seu negócio – afinal de contas isso se traduz em sucesso do empreendimento.
Agora, diga com sinceridade. Qual cenário você prefere aqui: um cenário ao qual diminua os impostos e a burocracia do país, para que em pouco tempo você receba um concorrente que diminua a sua participação no mercado, ou um cenário que mantenha o mercado fechado, sem concorrência? Evidentemente que há empresários que apostarão suas fichas num cenário economicamente mais livre por suas próprias consciências e outros que buscarão essa liberdade porque não se sentem prejudicados na busca pelas primeiras posições. Porém, incentivos econômicos apenas aos que são realmente grandes levam ao intervencionismo, não ao livre mercado.
Não é uma coincidência que tantas empresas se aproximem de diversos governos ao redor do mundo para fazer lobby (pressão de um grupo organizado sobre políticos e poderes públicos na defesa de seus interesses). É isso que operadoras de telefonia fazem contra o “WhatsApp”. É isso que os grandes cartéis de táxi fazem contra o “Uber”. É isso que operadoras de televisão por assinatura fazem contra a “Netflix”. E por aí vai.
Para um liberal, o Estado é um grande agregador de poder, porém, através dele, políticos dos mais diferentes partidos costumam se aproximar do capital econômico para a construção de seu capital político. Daí grandes empresários ajudam a alimentar a roda, em busca do cálice de ouro.
Há alguns séculos, o mundo ocidental construiu o laicismo, ou seja, a ideia de que não cabe à religião se meter nos assuntos de Estado. E por analogia o Estado deve ficar separado da economia, pois sem isso, os grandes empresários do mercado permanecerão exercendo suas influências através do governo e cobrando caro por suas moedas de troca.
Outro jargão muito comum aos esquerdistas é dizer que “você é um reacionário”.
Assim, da mesma forma que o inconsciente coletivo político tende a “entregar” o monopólio da preocupação pelos mais pobres à esquerda, o mesmo ocorre em relação às minorias.
Acontece que o liberalismo não é apenas uma filosofia econômica, é também uma filosofia política. Para um liberal, o livre mercado é incompatível com um cenário com restrições à liberdade individual.
Assim, os liberais também defendem as bandeiras das minorias. Concorda com o direito de as pessoas seguirem a religião que bem entenderem, ou mesmo o direito das pessoas não seguirem religião alguma. E defende o direito à propriedade.
O mercado é um lugar onde ocorrem interações voluntárias entre pessoas dos mais diferentes tipos. E nele, cabe às pessoas qualquer julgamento. Seja apoiar ou boicotar uma empresa que abrace ou critique aquela causa social que você dá tanta importância. Seja montar uma empresa para atender os interesses de uma minoria em especial. Já os esquerdistas tentam fazer com que as pessoas pensem iguais a eles.
Assim, cada um no seu quadrado, lembrando que os esquerdistas sempre trazem contigo aquela imagem da esquerda reacionária a qual se identifica a própria ignorância a respeito de coisas que lhe são estranhas, principalmente, por desconhecimento. Isso mina o relacionamento e, por conseguinte, o crescimento das discussões.
Pense nisso!

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