quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O Brasil ladeira abaixo

O brasileiro comeu o pão que o diabo amaçou em dois mil e quinze, e inicia dois e dezesseis sem perspectivas e sem rumo.
Na realidade o país vem sendo sugado pelos detentores do poder e se encontra desgovernado e a nova composição ministerial ainda é uma incógnita. Assim, não temos governo. Apenas se finge que algo é realizado ou está sendo realizado e nada mais!
O projeto da cúpula governamental, infelizmente, nunca foi o Brasil e o que se busca agora é manter-se no poder a qualquer preço, algo difícil de concretizar porque o povo se cansou de ser apenas coadjuvante e pagar as contas.
Para se mudar o Brasil é simples. É preciso remover o projeto criminoso de poder, dar um basta na gastança do governo para diminuir o déficit público e abrir espaço para investimentos de qualidade em infraestrutura e educação para trazer competitividade a todos os segmentos do país.
Mas o que vemos é o país ladeira abaixo com o pé no acelerador! A recessão de 2015 está aí com menos 4% do PIB; o desemprego chegou a 11%; a inflação bateu 10,67%, (a maior desde 2002 e bem acima do teto da meta inflacionária de 6,5%) e os juros estão nas alturas com a taxa CELIC a 14,25% aa.
Para este ano de 2016 a coisa não será muito diferente. Recessão com menos 3% do PIB, desemprego em 9%; inflação em 8% e juros subindo para, provavelmente, 15,2% aa.
Lembremos que, recessão em dois anos seguidos, o Brasil assistiu somente no ano de 1930 com o debacle da Bolsa de Valores nos EUA em 1929, portanto há 86 anos. Fica a pergunta: o Brasil aguentará mais três anos de governo Dilma? Ou melhor, o país aguentará mais três meses do desgoverno atual?
No entanto, sou daqueles que mesmo reconhecendo as tremendas dificuldades penso que ainda podemos nos levantar. Deste modo, por mais que o governo tente infelicitar o país, por mais que eles tentem nos criar dificuldades, e eles criam, saibam disso; por mais difíceis que sejam as dificuldades precisamos lutar contra elas, intervindo no processo fazendo a nossa parte.
É fato que a nossa felicidade pessoal não pode e nem deve depender de governo algum. Porém, em alguma medida temos certa dependência, ou seja, se o governo é ruim, se o governo é muito fraco e se o governo torna o cotidiano das pessoas infernal, é claro que isso interfere nas pessoas.
Independentemente do governo de plantão temos que fazer um esforço para fazer a nossa parte junto aos nossos familiares, junto aos nossos amigos para tornar a vida ou a realidade da vida, uma coisa melhor, mais agradável, porque, a nossa felicidade direta não depende de governo nenhum. Aliás, os governos autoritários adorariam que a gente dependesse deles para tudo. Mas, felizmente, não dependemos.
Assim, os que lutam por um país melhor, os que lutam por um estado menor, os que lutam por um estado mais eficiente, os que lutam por um governo decente será que são alheios à justiça social como os governantes querem fazer crer? Será que estes são alheios ao discurso da igualdade ou da diminuição das diferenças? Claro que não!
Apenas não se quer a assistência que escraviza, queremos a assistência que liberta. E isso não é mera retórica. Isso tem dimensão prática. A assistência que escraviza é a forma como o PT faz o programa Bolsa Família, por exemplo. Essa é a assistência que escraviza porque as pessoas ficam ali penduradas naquele programa, e não sairão dali. Queremos um estado oferecendo escola decente, pois, escola decente é a assistência que liberta, a qual capacita o ser humano para a vida.
As pessoas que lutam contra esse estado de coisas. Contra essa concepção de República deformada, bandida, preocupam sim com os pobres, pois elas querem e buscam por uma boa escola, por uma boa saúde e por uma segurança pública que funcione realmente. Ou seja, tudo aquilo que o governo não oferece, embora, cobrem de nós brasileiros impostos entre os mais altos do mundo.
Desse modo o estado é gerenciado por um governo que sabe arrecadar, porém não sabe devolver em serviços eficientes para a sociedade o corresponde aos elevados impostos pagos por essa mesma sociedade, por uma simples razão, por ser um governo incompetente.
Podemos dizer que o governo perdeu o eixo, mas o povo não. Assim, apesar de tudo acredita-se num novo Brasil que está nascendo, que já nasceu o qual está nas ruas. Um novo Brasil que pede eficiência; um novo Brasil que pede competência; um novo Brasil que pede decência; um novo Brasil que pede vergonha na cara; um novo Brasil que não aceita trocar esmola pra manter gatunos no poder.
Por fim, o que se quer em realidade é a defesa de valores como a democracia, valores como a liberdade, valores como a economia de mercado, valores como os direitos individuais e direitos públicos, não os desvalores que roubam o futuro dos brasileiros.

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