quinta-feira, 9 de junho de 2016

Atoleiro brasileiro

O atoleiro brasileiro tem nome: má gestão dos recursos públicos, pedaladas fiscais, incompetência administrativa, falsidade descarada e uma corrupção generalizada que fez com que o país entrasse em uma recessão brutal em 2015 e que levará, certamente, o ano de 2016 para o mesmo destino, agora com um quadro piorado com o agravamento da crise política que levou ao despautério de se pretender colocar o ex-presidente Lula como Ministro da Casa Civil. Ora, levar para dentro do governo uma pessoa sob investigação policial é algo que não ocorre e não ocorreria em nenhum país civilizado no mundo!
Pelo contrário, no mundo desenvolvido a regra é a seguinte: uma pessoa alvo de suspeitas fundadas ou em fase de investigação, singelamente, deixa o governo ao invés de entrar no governo. Simples assim!
Aprofundando um pouco mais nosso diálogo poderíamos lembrar que essa pessoa em questão não está sendo inserida em um ministério qualquer, essa pessoa está sendo inserida, na Casa Civil, que é considerada o Ministério dos Ministérios! O que remete a questões subjacentes, como o amparo do ex-presidente à justiça de primeira instância e a expectativa de que ele se tornasse o principal mandatário da nação, sem a chancela das urnas. Isso sim representa um golpe! Essa loucura é algo inusitado para qualquer cidadão decente e, portanto, grave em qualquer democracia que se preze - que nos digam as manchetes dos principais jornais internacionais: “Lula recorre a um ministério do governo para se safar da Operação Lava Jato”. O que envergonha a todos nós brasileiros!
Lembremos que o governo Lula se pareceu bem na economia quando a economia mundial estava frenética, à todo vapor, e agora o momento é outro, as condições anteriores não prevalece e não se prevalecerá, principalmente, diante das dúvidas que se encontram na economia internacional, de forma mais geral, como as dúvidas que vêm da China, que vêm da Europa, as dúvidas que vêm dos Estados Unidos, etc. A verdade concreta é a de que Lula surfou uma onda nunca antes surfada no mundo em seu período de governo. Porém, os oito anos de bonança da economia internacional já se foram, acabou-se. Não temos mais oito anos de bonança da economia internacional, ainda mais, diante agora do estado calamitoso da economia brasileira. Não dá mais para surfar!
Lula iniciou e participou de todo esse descalabro que acontece hoje na economia brasileira. O descalabro de ceder juros baratos de bancos públicos, a parte do empresariado nacional, não por mérito, mas por vontade própria e esconder os custos disso, ocorreu no governo Lula à época do mensalão em 2006. Curioso não?
Por outro lado quando o Lula assumiu, o país tinha vindo de um ajuste fiscal muito bem realizado no governo anterior. O país havia passado por três anos de ajuste fiscal que deu condições extraordinárias para atravessar o cenário positivo da economia mundial e desenvolver o Brasil, algo que foi jogado fora por Lula, ou seja, surfou nas condições de momento e nada acrescentou ao país a não ser jogar o mesmo no atoleiro da corrupção e da aversão ao trabalho.
Toda essa benesse veio de uma consolidação anterior das contas públicas, ao contrário de hoje onde as contas públicas governamentais estão, simplesmente, arrasadas e, portanto, o governo federal não tem dinheiro sequer para tentar reanimar a economia. Se é que isso é possível diante de um descredito total dos agentes econômicos a tudo isso que aí está.
Então como? De onde vamos tirar o dinheiro para retomar algo perdido por incompetência?  A gente vai pedir ao Banco Central que use a maquinha e emita moeda? Será isso que está levando o presidente do banco Central à hipótese de saída, além da hipótese estapafúrdia de utilizar recursos das reservas do país?
Como recuperar a economia brasileira nesse cenário de desrespeito total às instituições do país?
Não vamos nos iludir. A insistência com a sobrevivência do atual governo é daqui até as eleições municipais. Porém, a debandada ontem do PMDB ao governo mostra que o impeachment está próximo.
Assim, é preciso mudar o clima do país para mudar o país.

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