quinta-feira, 30 de junho de 2016

Que rombo é esse?

Especialistas se debruçaram a fazer as contas do rombo que o PT deixou a seus sucessores e em última análise a todos nós, trabalhadores brasileiros, o desafio de pagar a conta que certamente se estenderá às próximas gerações.
A conta é salgada. Se sente bem em sua poltrona para não levar um susto ainda maior!
Numa projeção conservadora, realizada por especialistas de diferentes áreas apurou-se que a conta pode passar de R$ 250 bilhões. Mas há quem diga que pode ser ainda maior.
Em relatório, a agência de classificação de risco Moody’s estimou que, no pior cenário, a conta chegaria a R$ 600 bilhões. Imaginem!
Mas por que isso? É porque pode haver esqueletos escondidos nos armários do Planalto.
Assim, o que popularmente se chama de esqueleto, na literatura econômica é chamado de gasto contingente, ou seja, são despesas excepcionais geradas por derrapadas na gestão da política econômica que ficam escondidas até que se explodam em algum momento ou talvez até que alguém jogue luz sobre elas, o que consequentemente, para especialistas em contas públicas, essas despesas contingenciais tendem a se proliferar com o passar do tempo.
Economistas consideram a dinâmica do gasto social, do gasto previdenciário e do gasto com pessoal, rubricas previsíveis. Onde não haverá surpresas. Porém, nas contas referenciadas a políticas setoriais os esqueletos podem surpreender ainda mais.
Assim, estimativas de gastos extras indicam eventuais capitalizações que o Tesouro tenha que realizar em estatais como a Petrobrás, a Eletrobrás e a Caixa Econômica Federal. Por outro lado, as negociações das dívidas dos Estados, gerarão perdas para a União. Já o risco de inadimplência com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é enorme, e a manutenção do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), é outra dor de cabeça por conta do elevado volume de desempregados.
Neste contexto a agência de risco Moody’s dedicou um relatório inteiro à discussão dos passivos contingentes no Brasil observando apenas os grandes desembolsos que podem vir pela frente.
Pela estimativa da agência, ao longo dos próximos três anos, os gastos extraordinários podem variar entre 5% e 10% do PIB, o Produto Interno Bruto, algo entre R$ 295 bilhões e R$ 590 bilhões. Como esse tipo de gasto, afeta o fôlego financeiro da União, a Moody’s estimou que estes, poderiam elevar a dívida pública, hoje perto de 70% do PIB para perto de 90% do PIB em 2018.
A agência avaliou ainda que há possibilidade de o governo vir em socorro tanto da Petrobrás quanto da Eletrobrás, ambas sob pressão financeira e que entre 2016 e 2018, apenas a Petrobrás demandaria cerca de R$ 300 bilhões, sendo que mais de R$ 100 bilhões seriam apenas para pagar dívidas.
A agência Moody’s analisou também a saúde financeira dos bancos públicos brasileiros como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Considerou que a Caixa é a instituição mais sensível a um eventual socorro. Hoje, a Moody’s não vê risco sistêmico neste segmento, porém, se houver deterioração e estresse dessas instituições, o passivo contingente tende a explodir, indo a R$ 600 bilhões.
Além disso, há dívidas do governo federal com fornecedores, dívidas trabalhistas nas estatais, dívidas contraídas na construção dos estádios superfaturados da copa e obras superfaturados das Olimpíadas no Rio de Janeiro.
Nos estados chama a atenção às dificuldades do Estado do Rio Grande do Sul, do Estado da Bahia e do Estado do Rio de Janeiros, os mais afetados. O que não quer dizer que os demais também não estejam com suas dificuldades.
Os fundos de pensão das estatais é outra calamidade. Assim os trabalhadores inscritos nos fundos da PREVI, PETROS, FUNCEF e POSTALIS terão problemas com suas aposentadorias no futuro.
Num contexto mais amplo das dificuldades brasileiras poderíamos acrescentar a esses esqueletos o analfabetismo funcional no Brasil onde 80% dos brasileiros não sabem sequer interpretar um texto. O estado de socorro da saúde pública, o desleixo com a segurança pública. O que é outra tragédia. E ainda programas deficitários como “Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Empresário, Bolsa Família”, dentre outros.
Que Deus nos proteja. Amém!

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