sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Tecnologia x Emprego

Nos dias de hoje, a tecnologia vem avançando com extrema rapidez, o que tem causado impacto significativo no mundo empresarial e nas instituições públicas e privadas, assim como na geração de empregos, deixando desocupados aqueles trabalhadores menos escolarizados.
Por outro lado, a tecnologia, considerada por especialistas, como “Destruição Criativa” tem criado novos mercados de trabalho em segmentos distintos que crescem vertiginosamente, os quais se queixam da carência de mão de obra qualificada para seu atendimento, ou mesmo para seu desenvolvimento.
Veja que não é tão difícil assim, perceber os sintomas da tecnologia em nosso cotidiano. Basta observar com atenção. Ela se encontra na automatização industrial e nos robôs industriais; na operação dos metrôs das grandes cidades sem a presença de um condutor humano; nos ônibus sem a participação de motoristas e trocadores; nas entregas em domicílios através de “drones”, sem a presença do mensageiro tradicional, etc. Desse modo é possível verificar que a cada dia mais funções realizadas por humanos são substituídas pelas máquinas.
Outros exemplos não faltam, como em Dubai, em que os taxis já funcionam sozinhos, ou seja, a pessoa entra no carro e no vidro dianteiro do mesmo aparece um mapa para o usuário escolher o seu destino. A pessoa clica no mapa indicando para onde se deseja ir e o carro o deixa no endereço escolhido. Note que a pessoa não precisará falar nada com ninguém, apenas através de um “click” ela se deslocará de um ponto a outro em uma cidade. Isso acontecerá brevemente, em escala mundial, o que trará uma inevitável revolução nos meios de transporte e, certamente, nos empregos.
Outro avanço interessante é que através de um ponto no ouvido e outro no celular uma pessoa conversa com pessoas de idiomas distintos com tradução simultânea, ou seja, as pessoas se falam e se ouvem, entendendo simultaneamente toda a comunicação. Parece que num futuro próximo, não precisaremos mais de tradutores ou mesmo, de professores de línguas!
Como prova disto, levantamento feito no Brasil e em outros 14 países que juntos representam 65% da força mundial de trabalho demonstrou o impacto da tecnologia nos empregos nos próximos 5 anos através de uma pesquisa denominada “O Futuro do Trabalhador”, divulgada pelo Fórum Econômico Mundial a qual revelou que num período de cinco anos, 7,1 milhões de empregos serão extintos, porém, dois milhões de vagas serão abertas para absorver trabalhadores afinados com os novos tempos e com as novas tecnologias.
Consequentemente, isso nos leva a geração de empregos naquelas funções e atividades mais densas em conhecimento, ou seja, naquelas atividades capazes de absorver pessoas capacitadas a lidar com as inovações tecnológicas. Em contrapartida acontecerá eliminação de postos de trabalho naquelas atividades mais simples, mais rotineiras e mais braçais, o que nos revela que estará na escolaridade dos trabalhadores o futuro de seus empregos.
Assim, as pessoas devem se preocupar com a sua formação e, ao mesmo tempo, em estar na escola, tentando terminar seus cursos regulares e procurar por cursos de aperfeiçoamento, única maneira de permanecer em condições competitivas no mercado de trabalho.
Os modelos de desenvolvimento econômico colocam sempre, que bastaria aumentar a produtividade e o fator tecnológico para se gerar empregos na outra ponta, mas a conta parece não estar fechando, pois a velocidade das mudanças têm sido frenéticas. Cabe então a pergunta: será possível equalizar essa situação?
Parece que sim, porém, vai depender do grau de educação de cada sociedade em particular e das pessoas individualmente. Assim, caberá uma maior e melhor preparação da sociedade brasileira, das escolas em todos os níveis e, claro, das políticas governamentais nas três esferas de governo, municipais, estaduais e federais.
O avanço tecnológico é patente e jamais será contido, porém, com ele virão os novos empregos e os novos desafios das sociedades e indivíduos. Desse modo, será preciso preparo e o ensino de qualidade é uma das saídas. Daí, as reformas do ensino médio são prementes porque trás em seu bojo a formação técnica que pode ser uma das portas para aumentar a capacidade e os saberes dos jovens facilitando assim a sua empregabilidade. Experiências nesse sentido já são conhecidas com as chamadas ETECS, FATECS, etc., pois nada vai cair do céu como num passe de mágica.
O duro é imaginar que com tantas mudanças tecnológicas acontecendo o Brasil se encontre na posição de número 69 no ranking da inovação e na posição de número 81 no ranking de produtividade e, que infelizmente, não temos conseguido mudar essa realidade a nosso favor.

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