domingo, 5 de março de 2017

Microfranquias

Em tempos difíceis de crise, como os de agora, onde o desemprego prospera, é possível se expandir e crescer através das microfranquias, porém, é preciso entender que abrir e gerenciar uma empresa ou um negócio depende de uma série de conhecimentos para se atingir mais rapidamente o sucesso.
Assim, todo negócio precisa estar focado em inovação, mesmo aqueles empreendimentos considerados seguros, como as franquias, as quais atentamente precisam se adaptar às dificuldades a qual o país passa.
Pesquisas indicam que os modelos mais enxutos de franquia devem ganhar força e crescimento este ano, mesmo diante da crise.
Deste modo, com investimento inicial de até R$ 90 mil, as microfranquias costumam ser indicadas para quem quer entrar para o mundo do “franchising” e não tem como investir muito capital, o que não reduz o comprometimento de franqueadores e franqueados, obviamente.
Estudo inédito sobre o perfil das microfranquias pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada recentemente, mostra que em 2016, operavam 557 marcas com unidades no modelo de microfranquias, sendo que quase 80% delas atuam, exclusivamente, nesse formato e que o investimento inicial médio de uma microfranquia variou de R$ 44 a R$ 54 mil e que este modelo deverá se deslanchar em 2017 atendendo aos propósitos e necessidades de franqueados e franqueadoras onde as microfranquias têm atendido aos que desejam empreender.
Assim, tanto pessoas desempregadas quanto aquelas que desejam complementar sua renda, ou mesmo, profissionalizar um comércio, ou uma prestação de serviço, já existente, têm tido como aliada as microfranquias.
O estudo mostra ainda que o perfil mais comum dos microfranqueados acontece entre os jovens de 26 a 35 anos com ensino superior completo, atendendo a uma faixa de jovens capacitados que ainda não construiu tanto patrimônio, mas que mesmo assim, buscam uma fonte de renda que vai além do salário de funcionário.
Outro detalhe é que as microfranquias necessitam de menos funcionários em comparação aos formatos tradicionais de franquia, gerando menos custos operacionais. Assim, enquanto o modelo de microfranqueados pede 2,8 funcionários por unidade, as demais franquias contam com um padrão de 6,1 funcionários por unidade.
Além de possuem um investimento inicial abaixo da média, as microfranquias também possuem um prazo de retorno do capital investido, estatisticamente menor, o que as torna superinteressante. Os dados mostram que nas redes que operam somente com microfranquias, 39% das unidades possuem prazo de retorno de capital entre 12 e 18 meses, e mais, que 33% delas devolvem o valor investido após 6 a 12 meses de operação da empresa.
A atenção aos controles é outro ponto a ser o focado, pois, todo empreendedor possui um pró-labore: uma espécie de “salário” do dono da empresa, que nunca deve ser o lucro do negócio, o qual deve ser reinvestido na operação do próprio empreendimento.
Segundo o estudo da ABF, o pró-labore mensal de um microfranqueado varia entre R$3.611 para redes com vários formatos, incluindo microfranquias e de R$3.819 para redes, exclusivamente, de microfranquias, onde de 20 a 25% dos franqueados, chegam a ter um pró-labore acima de R$ 5 mil.
Assim, como as grandes redes, as microfranquias apostam nas lojas de rua como principal local de suas atividades e as estatísticas mostram que enquanto nas maiores franqueadoras essa porcentagem chega a 94%, nas marcas com microfranquias chegam entre 55,8% e 64,2% de unidades que operam nas ruas. Isso abre margem a outros locais de operação como as unidades de trabalho em casa que representam 17,9% das redes com modelos mistos e 29,7% das redes que operam somente com microfranquias, alavancando os modelos de “home office” no Brasil, o que tem se mostrado como uma alternativa viável para os negócios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário