segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Desafios do Cooperativismo

O cooperativismo é um modelo socioeconômico alternativo que surgiu na Inglaterra, em plena Revolução Industrial, como resposta às necessidades de um grupo de pessoas preocupadas com as comunidades e a consciência social.
Assim, desde sua origem, em 1844, na Inglaterra, o cooperativismo se difundiu por todos os continentes e, hoje, conta com mais de 1 bilhão de membros e clientes em todo o mundo.
Desse modo, as cooperativas são instituições de associação livre e voluntária, sem discriminação social, racial, política, religiosa ou de gênero e preza pelas peculiaridades sociais e a vocação econômica do local onde estão instaladas, coladas ao compromisso de desenvolvimento das regiões as quais atuam.
Embora as cooperativas tenham tido consideráveis progressos nos últimos anos, elas ainda estão em processo de consolidação. Portanto, os desafios cooperativistas de hoje são: evoluir na governança, no aperfeiçoamento de seus quadros profissionais e de executivos, assim como de seu corpo de dirigentes. Nesse âmbito, especialmente, institucionalizar mecanismos de sucessão.
Dentro desse quadro, será preciso avançar no relacionamento operacional com os cooperados, integrando-os para além de associados, para além de possuírem apenas quotas-partes e de contas correntes, no caso das cooperativas de crédito.
Indispensável à busca por eficiência operacional, melhorias de escalas associativas, melhorias no aproveitamento de produtos e serviços, na busca de padrões de competitividade exigidos pelo mercado. Necessário ainda se faz buscar o indispensável avanço de investimentos em tecnologia para incorporar novos métodos operacionais e assim levar os processos e as soluções ao encontro da aspiração de seu público, principalmente, do público jovem e de todos aqueles que preferem o relacionamento digital.
Assim, pelo fato de as cooperativas não  terem orçamentos tão generosos quanto os grandes empreendimentos, será necessário eleger prioridades para a otimização dos gastos com TI (Tecnologia da Informação), na busca de poder fazer mais com menos.
A pujança do cooperativismo vai muito além do que a sociedade muitas vezes observa. Ela está presente no consumo, na produção, na saúde, no transporte, no trabalho, na habitação, no crédito, na educação, na mineração, no turismo, na agropecuária e na infraestrutura; levando em consideração seus sete princípios universais: adesão livre e voluntária, gestão democrática, participação econômica, autonomia e independência, educação, formação e informação, intercooperação e interesse pela sociedade.
É desse modo que o cooperativismo avança gerando oportunidades dentro de seus próprios  desafios, através do capitalismo de mercado e da responsabilidade social.

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