segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os Políticos Brasileiros

Pesquisa alemã da Organização “GFK Verein”, uma associação sem fins lucrativos que promove pesquisa desde 1934, demonstrou que o    brasileiro é o povo que menos confia em seus políticos entre as grandes economias do mundo. Essa pesquisa mediu ainda a reputação de diferentes profissões no mundo, em 27 países, envolvendo 30 mil pesquisas. 
No caso brasileiro a pesquisa demonstrou que apenas 6% da população confiam nos políticos e que este resultado o traz empatado na última colocação juntamente com Espanha e França.
Já os dados da pesquisa, relacionado aos prefeitos não foi diferente, apenas 10% dos entrevistados confiam neles.
No restante do mundo, a pesquisa também aponta a baixa credibilidade da classe política. Assim, no Japão, os políticos tem o apoio de apenas 12% da sociedade, contra 14% na Alemanha, 16% na Coréia do Sul, 31% na Alemanha e 48% na Índia, algo problemático segundo os pesquisadores.
A pesquisa também aponta que a crise brasileira contaminou outras esferas públicas como a confiança dos brasileiros em juízes, funcionários públicos e policiais, indicando índices entre 57% e 46%.
Outro setor que sofreu, segundo a pesquisa, foi o grupo dos empresários. Eles estão mal avaliados, caindo 5 pontos percentuais, desde a última pesquisa, apresentando um índice de confiança de apenas 37%, dado a influência dos escândalos de corrupção e à conjuntura econômica adversa do país.
Uma queda inesperada e com índice acentuado foi registrada pelos padres, que só obtiveram a confiança de 43% da população majoritariamente católica do Brasil.
O mesmo estudo aponta ainda uma queda na confiança do brasileiro em relação aos esportistas, apesar da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil. 
Por outro lado, no topo da tabela das profissões com maior credibilidade para os brasileiros, estão os  bombeiros com um índice de confiança de 93%; seguidos a alguma distância por professores com 87% e paramédicos com 84%, os quais desfrutam de um aumento na confiança em relação aos dados de 2014, indicou a pesquisa. Desse modo, os cidadãos brasileiros reconhecem os esforços destes grupos de profissionais apesar da baixa remuneração, afora, em alguns casos, das difíceis condições de trabalho. 
Mas, até que ponto a desconfiança nos políticos põe em risco a democracia brasileira? E o binômio, descrença nos políticos e crença nas forças armadas pode criar um caldo de cultura que pode chegar a um retrocesso em nossa democracia?
Especialistas acreditam que sim, embora não seja um quadro de curto prazo para o Brasil, pois as instituições estão sólidas.
O país passou por um processo traumático em decorrência do impeachment mantendo as instituições e a constitucionalidade, apesar de o país viver ainda uma intensa polaridade de passionalidade política.
Em realidade, o mundo inteiro vive um mal estar democrático, o que é mais acentuado aqui no Brasil dado a crise política, as investigações da Lava Jato; e a crise econômica que gerou uma queda de 7% do PIB em dois anos e trouxe uma onda de desemprego ao país, o que reforça uma tendência de descrédito na democracia.
O mundo vem passando por mudanças, existe uma revolução tecnológica em curso, o que faz desaparecer as velhas instituições dos mercados, assim como do meio político, fazendo a política perder um pouco da sua função.
As pessoas atualmente se expressam diretamente, se organizam diretamente e boa parte da função dos partidos políticos tradicionais desde o parlamento, desde a mídia tradicional, desde os sindicatos, e das velhas organizações que sempre pautaram a democracia tradicional perderam a sua força. Isso produz certo envelhecimento da democracia tal qual nós a conhecemos.
Pesquisas internas aqui no Brasil indicam que 59% dos brasileiros não confiam nas urnas eletrônicas e 72% não confiam mais nas eleições. Como essas informações podem impactar as eleições no ano que vem?
Conhecedores do assunto dizem que uma das promessas da democracia é a de educação do eleitor onde a participação e a informação dos mesmos é importantíssima. Por outro lado, a ideia de que temos uma sociedade virtuosa de um lado e um sistema político corrompido de outro, é uma falsa ideia. Não existe sistema político corrompido com uma sociedade virtuosa. É preciso entender que nossa sociedade está longe de ser uma sociedade sem pecados!
A própria ideia de que uma solução mágica possa acontecer e que possa aparecer um candidato que rompa com as regras e produza uma salvação para o país, não é verdadeira. O salvacionismo e o nacionalismo exacerbado nunca deram bons resultados!
Já do ponto de vista da população, o  fato é que as pessoas precisam ter uma visão mais ponderada do que está acontecendo no país.
O Brasil vem avançando com reformas, mesmo num período turbulento. Tivemos recentemente a reforma trabalhista, a reforma do gasto público e estamos num processo de recuperação econômica. Fizemos ajustes econômicos importantes, porém, não fizemos uma reforma política digna das necessidades do momento, o que traz certa desesperança, muito embora, quase emplacamos o voto distrital misto, o que poderia ter sido uma mudança qualitativa na política brasileira.
Assim, o país vive um clima de certa instabilidade democrática, o que não significa que a nossa democracia esteja em crise.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Competitividade Digital

O Instituto IMD (International Institute for Management  Development)  da Suíça divulgou o Ranking de competitividade global e trouxe o Brasil em 61º lugar entre 63 países, o que é humilhante e, de certa forma, revela a dificuldade que teremos para recuperar o desastre dos governos esquerdistas no poder.
O ranking dado pela IMD avalia o perfil dos países com base em quatro pilares como desempenho econômico, eficiência de governo, eficiência empresarial e infraestrutura. Em todos eles, o Brasil recuou em 2017, ficando à frente somente de Mongólia e Venezuela.
Dentro de um aspecto de avanço nos processos de medição do desempenho dos países, o IMD criou um novo ranking que aponta para o futuro, ou seja, o Ranking Mundial de Competitividade Digital. Nele, o Brasil se classificou também lá atrás, em 55º lugar entre os 63 países.
Singapura, Suécia e Estados Unidos são os três primeiros colocados no ranking de competitividade digital, o que era de se esperar.
No Brasil os altos custos têm impedido o acesso universal dos brasileiros à tecnologia, o que muito nos dificulta, pois, sem essa tecnologia o país não prosperará no século XXI.
Para termos uma ideia, o imposto dos eletrônicos importados no Brasil é de cerca de 60%, mais o ICMS que varia de estado para estado, além da conversão de nossa moeda para o Dólar.
No último mês de agosto o governo diminuiu o imposto de itens importados sem produção nacional, o que já é um avanço. Porém, o Brasil ainda está longe de se tornar um país digital.
Em realidade falta visão política que contemple a tecnologia como sendo algo importante para o país como um todo. Assim, a partir do instante em que se taxa muito os serviços e produtos ligados à essa área da tecnologia, claro, isso faz diminuir o acesso à essa tecnologia.
Lembremos ainda, que além dos custos dos aparelhos eletrônicos, a nossa internet é uma das mais caras do mundo; e metade do preço que pagamos se refere a impostos estaduais, sendo que a faixa tributária é equivalente à faixa dos impostos para o cigarro, ou seja, uma das mais pesadas.
A Suécia é um exemplo de eficiência em política pública na área de tecnologia. O governo não tributa e ainda subsidia os eletrônicos e internet. O resultado foi à formação de uma geração de programadores que criaram sucessos mundiais como SKYPE, o SPORTFY e o jogo KUNG FRICHE.
Nesse campo, temos perdido gerações e grandes oportunidades ao distanciarmos das grandes ondas de TI. Lá traz perdemos o bonde com a reserva de mercado onde somente podíamos comprar a tecnologia produzida no Brasil enquanto, atualmente, estamos perdendo conhecimento em análises de dados, que será um item de grande demanda daqui para frente.
A tecnologia digital é um pilar da sociedade e todos os profissionais, de todas as áreas precisarão se preparar para analisar dados e caso  não se tenha competência para isso os profissionais daqui sairão em desvantagem em relação aos profissionais de outros países.
A tecnologia tem mudado velozmente, o que afeta não apenas como os negócios funcionam, mas também, como será o desempenho das nações de hoje e de um futuro próximo.
Robótica, impressoras 3D, neuro-tecnologia, moedas digitais, inteligência artificial e internet das coisas mudam o mundo; e para que os tomadores de decisões nas áreas públicas e privadas consigam lidar com essa transformação digital, será necessário medir o nível dessa digitalização. Daí a instituição dos rankings.
Desse moto os rankings fornecem a medida da capacidade de cada país para adotar e explorar as tecnologias digitais visando transformar práticas de governo, modelos de negócio e a sociedade em geral. Assim, a tecnologia digital é fundamental para aumentar a eficiência da economia e a melhoria na prestação de serviços para cidadãos e empresas.
O ranking desenvolvido pela IMD é baseado em 50 critérios agrupados em três fatores. O primeiro deles é o conhecimento. Nele, se verifica, por exemplo, o resultado da avaliação do PISA em Matemática, gastos com educação, percentual da população com curso superior, gastos com P&D, número de patentes registradas, atitude em relação à globalização e percentual de mulheres trabalhando nessas áreas.
O segundo fator é o ambiente tecnológico que inclui, dentre outros, a abertura de empresas, o cumprimento de contratos, o capital de risco, os serviços bancários e financeiros, o investimento em telecomunicações, o percentual de exportação de produtos de alta tecnologia e a velocidade de acesso à internet.
O terceiro fator é a capacidade de preparo para o futuro que inclui, dentre outros, o percentual de residências com tablets e smartphones, atitude em relação à globalização; o uso de big data analytics; o percentual de pequenas empresas inovadoras na indústria, o índice de e-gov (governo eletrônico) e a segurança no ciberespaço.
Dentro deste contexto, os Estados deveriam procurar medir o seu nível de competitividade digital para melhorar seus indicadores; pois, essa onda de desenvolvimento, provavelmente, será um dos principais critérios de atração de investimentos para os próximos anos.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Panorama da Economia

Apesar das dificuldades políticas do Brasil, a economia vem aos poucos se deslanchando e surpreendendo os mais pessimistas.
Os números de inflação continuam comportados e as projeções vêm mostrando que, muito provavelmente, teremos um período mais longo de inflação abaixo das metas de governo, o que, naturalmente, ajudará a trazer as taxas de juros para baixo.
Estranho mesmo é nosso o paradoxo: estamos saindo da maior crise econômica de nossa história e, ao mesmo tempo nos encontramos mergulhados numa crise política da qual nunca vimos. Parece até, que nem mesmo as eleições de 2018 resolverá a situação, neste campo.
O quadro é de desordem política e institucional, com destaque para a condução da política econômica auxiliada pelo comportamento da economia internacional que vem se mostrando com inflação baixa, o que deixa também os juros internacionais baixos.
Por aqui, o imbróglio se dá através do excesso de protagonismo do judiciário que expõe suas fragilidades e por tabela expõe o elevado ego entre os seus pares, o que, desnecessariamente, tem gerado o embate entre os poderes. E no centro da roda, o gigantesco desequilíbrio fiscal que, por sua vez, se torna refém da atuação do Congresso para encaminhar e votar as medidas reformistas que impulsionarão o país a sair dessa enrascada a qual se encontra.
Por outro lado, a atual equipe econômica vem colhendo os méritos da austeridade e da confiabilidade, colocado rumo à economia; trazendo a inflação para baixo e, de mesmo modo, deslocando a curva de juros para patamares mais baixos, o que tem gerado confiança nos mercados, através do acerto com as duas casas legislativas na condução de matérias importantes que fizeram girar positivamente a economia.
De outro modo, registre-se também o acerto do governo na escolha da equipe econômica; na negociação de votações de matérias importantes junto ao Congresso e que deram nova direção à economia; a implantação da reforma trabalhista; do teto dos gastos públicos; da reforma do ensino médio; dos ajustes na Petrobrás; da implantação da TLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), para o BNDES; e da contenção do desenfreado déficit das contas públicas.
Assim, as projeções do PIB tem trazido um novo alento para a economia fazendo com que as bolsas de valores operem em altas constantes, na esteira da queda do câmbio e dos juros internos.
Nesse contexto, as empresas começam a respirar e a projetar suas estratégias futuras, reforçando as perspectivas positivas e otimistas para o país.
Dentro do panorama da economia estão projeções de uma taxa de cambio de R$ 3,25 por dólar para o final de 2017, em função das expectativas positivas para a retomada das reformas para o início do ano que vem; dos ajustes na microeconomia e de suas consequências para o fluxo de capital empresarial.
Nessa corrente, a inflação medida pelo IPCA tem projeção de 3,0% para 2017 e de 3,8% para 2018; a taxa SELIC fica com expectativa de 6,5% para o início de 2018; e o PIB projeta crescimento de 3,0% para 2018.
Para aqueles que gostam de atuar na bolsa de valores fica a expectativa de indicação de ações mais atreladas aos indicadores macroeconômicos, e que, portanto, se beneficiam deles.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Entendendo o Seguro de Vida em Grupo

O seguro de vida em grupo mais conhecido e mais comum é aquele contratado pela sua empresa. É um tipo específico de seguro de vida que custa menos do que um seguro de vida individual. Porém, apesar de oferecer algumas vantagens, nem todos conseguem contratar este plano, pelo fato de ele valer apenas para  funcionários de empresas, organizações ou sindicatos.
Como funciona este tipo de seguro?
A empresa contrata este plano para garantir um apoio financeiro às famílias de seus funcionários no caso de uma fatalidade cujo provedor da família venha a faltar. Então se você faz parte de um seguro de vida empresarial, você estará coberto para as situações as quais a sua empresa estipulou no contrato. Daí se torna importante que o funcionário venha se informar sobre a cobertura do plano na área de Recursos Humanos da empresa onde trabalha.
Normalmente, estes planos oferecem duas possibilidades de pagamento. Caso a empresa contrate um plano “não contributário”, o funcionário não terá dispêndio algum, a empresa é quem arcará com todo o valor do prêmio. Caso a empresa contrate um plano “contributário”, o funcionário pagará uma parte do seguro junto com a empresa, sendo o valor descontado da folha de pagamento do funcionário.
Uma pergunta recorrente é a de como funciona a atualização do prêmio e da importância segurada?
Bem, os capitais segurados, assim como os prêmios do seguro de vida, poderão ser atualizados anualmente pelo IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ou, na falta deste, pelo IPC/FIPE (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Além das correções dadas pelos índices que medem a inflação, o prêmio mensal, aquele estipulado na data de início de vigência do Seguro, durante a proposta de Adesão, está sujeito, contratualmente, a alterações decorrentes da mudança de faixa etária do Segurado. Assim, o reajuste por faixa etária é baseado em uma tabela de reenquadramento que acompanha as condições gerais do seguro contratado. Com isso é possível saber de antemão quanto vai custar seu seguro nos anos seguintes, sem incluir a inflação. Mesmo que o seguro seja renovável anualmente ele segue a tabela de reenquadramento do momento da contratação inicial.
Outra pergunta que aparece com intensidade é sobre a vigência do seguro de vida e como ele é renovado?
O seguro de vida tem vigência de 12 meses e a renovação ocorre de forma automática uma única vez nos termos da lei, desde que não haja desistência da seguradora ou do segurado.
Desse modo, o seguro de vida é um assunto que precisa ser desmistificado e, naturalmente, conhecido por seus contratantes. Assim, é fundamental que as pessoas comecem a despertar para o assunto e passem a entender que, de fato, ao adquirir um seguro de vida, o contratante, não estará, necessariamente, de todo confortável com o seguro e que a pessoa resolveu todos os seus problemas, a partir daí.
Um seguro de vida, na realidade, contempla uma questão que é desconhecida do grande público, que é o reenquadramento por faixa etária. O que é isto?
Suponhamos que uma pessoa compre um capital segurado de R$ 500 mil. Ao longo do tempo virão os  reajustes. Saiba que é natural haver reajustes. Um deles é dado pela inflação para que se mantenha o mesmo poder de compra do benefício, que são esses R$ 500 mil.
O outro reajuste, menos conhecido, é o reajuste pelo enquadramento por faixa etária. O que significa isso?
Com o passar dos anos, necessariamente, a seguradora pensa e se pergunta: meu segurado está representando um risco maior para a seguradora? O que ela faz então?
Dentro das condições contratuais, gerais, em uma clausula de seu contrato pode estar descrito que, anualmente, o seu seguro possa ser reajustado em 15%, 20% ou até, 30%.
A dificuldade é a seguinte: chega um momento em que o contratante, por exemplo, a partir de 10 anos da contratação do seguro não mais consiga pagar as suas apólices e as entrega para a seguradora e, claro, a seguradora agradece; enquanto o segurado que esta se desfazendo desse ativo, fica sem o seguro.
Daí, todo cuidado é pouco, pois pode acontecer de o contratante estar pagando por uma coisa que ele não vai ter no futuro. E este é um fator preponderante na escolha de um seguro de vida.
Atualmente no Brasil existem seguradoras que trabalham alinhadas ao que acontece no mercado internacional de seguros. Porém, o mercado internacional é um mercado maduro. É um mercado onde as pessoas não aceitam o tipo de contrato, de enquadramento por faixa etária. E esse é um cuidado que também se deve ter por aqui.
Vejamos um exemplo: imaginemos um brasileiro de 35 a 40 anos de idade, naturalmente, ele tem uma expectativa de vida de chegar aos 90 anos de idade com certa facilidade. Por outro lado, ao chegar aos 60, 65 anos de vida ele se sinta obrigado a se desfazer de sua apólice pelo simples fato de que a apólice se tornou demasiadamente cara. Esse é o drama que já acontece com centenas de contratantes de seguros aqui no Brasil.
Portanto, é preciso lembrar que no mercado brasileiro de seguros existem seguros de vida com premio nivelado onde o segurado consegue saber o quanto pagará à seguradora, ou seja, o quanto ele dispenderá com o seu seguro durante todo o período em que estiver com ele.
Pense nisso!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

MARKETING DO BEM ESTAR – Vivendo 100 anos

O Bem estar é considerado uma procura tão antiga quanto à existência humana na terra.
Desse modo, fica difícil negar a hipótese de que todas as atividades desempenhadas por qualquer indivíduo em uma sociedade não esteja relacionada, de certa forma, ao conceito de bem estar, pelo menos no sentido individual.
Na economia, por volta de 1930, Gunnar Myrdal já afirmava que o bem estar está relacionado ao desenvolvimento econômico, seja através da evolução da economia pela busca do pleno emprego; da igualdade de oportunidades para os jovens; da segurança social e dos padrões mínimos de proteção não somente em relação à renda, mas também à nutrição, a saúde e a educação para as pessoas de todas as classes sociais.
Nesse contexto, o poder de consecução do bem estar guarda relação com o nível e distribuição da renda na economia; com o estado atual da tecnologia; com a estrutura de preços; com o sistema de distribuição existente; e com a disponibilidade de crédito aos consumidores.
E para contrapor a este estágio precisaríamos trabalhar a amplitude dos desejos da sociedade através do sistema de informações; dos grupos de referência; do grau de diferenciação do produto; da inovação; e dos fatores culturais. E desta maneira, cabe lembrar, que cada nação, cada indivíduo tem uma ideia diferenciada do que seja o bem estar para si.
Trazendo para os dias de hoje é oportuno alguns questionamentos, como: você costuma refletir sobre sua qualidade de vida? Sobre sua saúde, sobre seu grau de stress ou sobre sua tranquilidade?
Trabalhando estes questionamentos, há algum tempo, as marcas vêm tentando ganhar consumidores no chamado marketing do bem estar, que envolve desde alimentos e bebidas mais saudáveis ligadas à prática de atividades esportivas, assim como de livros de alta ajuda ou roupas e acessórias que prometem maior conforto.
Pois é, agora, o assunto relacionado ao marketing do bem estar chegou ao mercado imobiliário, e não apenas com o conceito de morar bem.
No Fórum “Viver aos 100 anos”, realizado em São Paulo, uma empresa do ramo imobiliário a Vittá Consultoria Imobiliária, juntamente, com a empreendedora Hypeness, mostrou seus projetos conceituais de apartamentos qualificados como inteligentes.
Participou também do fórum de debates, o arquiteto alemão Matthias Hollwich, autor do livro que trata de novos conceitos de envelhecimento das pessoas.  
Dentre os conceitos do arquiteto alemão, há um comentário que diz:  ninguém precisa ter medo de ficar mais velho. O importante é viver de maneira mais inteligente e focada no seu bem estar. E mais, se você se apaixonar pela sua própria forma de vida você poderá viver muito mais tempo, inclusive, chegar aos 100 anos de idade com facilidade.
Assim, Matthias Hollwich, além de escritor, é o arquiteto desse novo empreendimento imobiliário em São Paulo, que contará, além dos apartamentos, com um espaço para meditação; áreas para atividades esportivas e outras práticas saudáveis, além de uma horta compartilhada e um escritório coletivo para que as pessoas possam diminuir o número de deslocamentos entre casa e trabalho e assim possam ter mais tempo para caminhar, visitar museus, lojas ou galerias, próximas ao empreendimento.
Esse projeto imobiliário se torna vanguardista, pela aposta nas pessoas que chegarão aos 100 anos de idade e tenta trabalhar seus projetos com mais mobilidade; mais sociabilidade; e fazer com que as pessoas andem mais a pé, com menos utilização do carro; cultivando bons hábitos como boa alimentação e assim contribuir para uma cidade melhor em que as pessoas vivam mais e com mais saúde.
Desse modo, essas são algumas das ideias interessantes e que estão em evolução para incorporar inovações ao mercado imobiliário, assim como para a idealização do ambiente das cidades para que elas se tornem mais aconchegantes aos seus habitantes.