terça-feira, 28 de novembro de 2017

Pesquisas de Mercado

A área de pesquisa de mercado se tornou um grande negócio, tanto para produtores quanto para consumidores. Apenas nos Estados Unidos da América estima-se que os gastos atinjam R$ 16 milhões em estudos de mercado todos os anos, enquanto, que no mundo essa cifra é algo gigantesco, aproximadamente, R$ 53 milhões.
Mas, por que se gasta tanto assim? Simples, é porque as grandes marcas precisam de feedbacks, porém agora, de feedbacks dos próprios consumidores.
As grandes marcas sempre têm novos produtos para lançamento no mercado e desejam saber o que os vários públicos pensam sobre eles, e esses valiosos feedbacks podem ser utilizados para influenciar o futuro de seus produtos, ou até mesmo, o futuro dessas empresas.
Uma forma de as empresas assegurarem muitas opiniões imparciais é criando uma plataforma onde os membros do público possam se cadastrar para participar de pesquisas. Essas plataformas as quais me refiro, correspondem a websites que enviam pesquisas a seus membros para que eles deem seus feedbacks, e ao mesmo tempo, determine que as pessoas completem essas pesquisas, oferecendo prêmios atrativos aos participantes. Esta é a novidade! E caso você se inscreva numa dessas plataformas você receberá ótimos prêmios pelas suas opiniões e pelo seu tempo de dedicação às pesquisas.
As grandes marcas pagam então aos websites de pesquisa para utilizar os feedbacks que você forneceu para melhorar os produtos delas.
Caso você tenha entre 35 e 75 anos pode qualificar-se para ganhar uma graninha extra, respondendo às pesquisas; já que as grandes marcas recebem muitos feedbacks de consumidores entre 18 a 25 anos, os quais não representam a maioria de seus consumidores, aí elas estão à procura de pessoas mais maduras para completar questionários especializados, que segundo especialistas são muito bem pagos.
Empresas como PayPal, Amazon, Tesco, e Topshop todas querem saber a sua opinião.
Sei o que você está pensando, "Questionários são um desperdício de tempo, o pagamento é sempre tão baixo." Isso é verdade para a maioria dos questionários. No entanto, pesquisas específicas e dirigidas pagam mais.
Nesta mesma linha, chegam ao Brasil as “Lojas Grátis” onde os clientes levam a mercadoria e não pagam por ela. Isso quer dizer que estabelecimentos comerciais oferecem produtos para o cliente testar e cobram em troca a opinião dele sobre o produto.
A loja funciona assim: o consumidor entra na loja, analisa o produto, pega o que tem vontade e sai sem pagar por ele.
Esse novo conceito varejista, que tem como moeda a opinião do consumidor, é sucesso em países como Japão, Espanha e Estados Unidos.
A estratégia é a seguinte: indústrias da área de alimentos, bebidas, cosméticos, higiene, vestuário e até de eletroeletrônicos expõem seus produtos que, na maioria, ainda não chegaram às prateleiras do grande varejo. O consumidor leva para casa, experimenta e dá sua opinião. As novidades de eletroeletrônicos, porém, terão de ser provadas ou testadas na própria loja.
Para ser um consumidor dessas lojas o cliente deve se tornar associado para receber uma carteirinha que dá acesso livre às próximas visitas e já pode consumir os produtos.
Na loja “Sample Central”, o cliente terá direito a levar até cinco produtos por visita, que deve ser previamente agendada, enquanto, que na loja “Clube Amostra Grátis”, são cinco itens por mês.
Depois de devidamente cadastrado, o cliente responderá a um questionário sobre cada produto utilizado, apontando defeitos, qualidades, pontos positivos, prós e contras. Na verdade, é uma pesquisa de mercado para as empresas participantes, e elas pagarão às lojas por essas informações.
Pelo lado das empresas conta o seguinte: ao invés delas investirem R$ 60 mil em uma pesquisa de mercado tradicional, os empresários recebem "feedbacks" de seus produtos de uma forma mais barata, comentam especialistas.
Inicialmente as lojas irão expor cerca de 80 produtos, mas o objetivo delas é colocar nas prateleiras algo entre 160 e 200 itens para a escolha do cliente continuamente.
Algumas marcas, como Nestlé, Telefônica, Locaweb, Plantronics, Góoc e Grupo Berton da área de cosméticos, aderiram ao “Clube Amostra Grátis”.
Desse modo, esse modelo de negócios da loja grátis está associado a uma nova estratégia de marketing conhecida como "tryvertising", uma expressão resultante da junção das palavras inglesas "try" (experimentar) e "advertising" (propaganda).
Outro lado interessante para os produtores, segundo pesquisas especializadas, é que 76% das pessoas que experimentam o produto se tornam consumidores efetivos quando esse item chega, efetivamente, ao mercado.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Prosperidade Financeira

Conquistar uma saudável prosperidade financeira não é algo fácil. Para alguns até parece impossível que isso aconteça. Porém, existem caminhos através de uma boa disciplina financeira através da leitura de bons livros sobre o assunto e da aplicação de métodos utilizados pelos grandes financistas mundiais.
Segundo especialistas, ficar rico começa por se pagar primeiro, ou seja, buscando o hábito de deixar um montante de 10% de suas receitas numa poupança. O conselho vem do livro - O Homem mais rico da Babilônia, onde se lê que a cada dez moedas disponíveis, utilize apenas nove, e faça uma boa poupança com o restante.
Seguindo adiante, será preciso outro compromisso: gastar menos do que se ganha. Algo fácil de dizer, porém, difícil de realizar, dado que as sociedades modernas estimulam muito o consumo o que facilita gastar demasiadamente. Além disso, havemos de considerar que quando as pessoas começam a ganhar mais, elas começam também a gastar mais, algo que precisa ser contido.
Outro ponto é investir, uma vez que você já conseguiu controlar suas despesas e poupar ao menos 10% de suas receitas. Assim, o próximo passo é colocar seu dinheiro para trabalhar para você. Investir pode fazer toda a diferença na hora de ter uma aposentadoria confortável, por exemplo. Assim, uma boa alternativa, pode ser os fundos de investimentos ou o Tesouro Direto.
Lembre-se de que sempre há algum tipo de risco na hora de investir, por isso é crucial ter inteligência na hora de escolher onde colocar o seu dinheiro. Lembre-se que investir é um jogo de longo prazo, pois achar que ficará rico logo, logo, apenas pode atrapalhar. Como diz o mega investidor Warren Buffett "é bastante simples conseguir ficar bem indo aos poucos, mas não é fácil ficar rico rapidamente".
Assim, investir em um imóvel, uma casa, atualmente, é algo controverso, mas, o conselho de grandes investidores é que todo homem deva ter uma casa para si mesmo. Porém, antes de investir em um imóvel, é preciso saber o quanto você pode pagar por ele e se você está preparado para todos os custos ocultos que aparecem ao bancar um imóvel, uma casa.
Planejar a aposentadoria é algo interessante. Entenda que o tempo é o seu melhor recurso quando se trata de investir para a aposentadoria. Isso acontece graças aos juros compostos. Então, quanto mais cedo você começar a poupar para a aposentadoria, melhor você estará. Por isso, caso você não tenha começado a se planejar para esse momento da sua vida, o momento é agora.
Por outro lado, cuide do lado exotérico de sua vida. Faça às pazes com o dinheiro. Não pense que o dinheiro é sujo; que somente traz desgraças; que é perigoso; que atrai falsos amigos; que causa brigas; que é o mal do mundo; e que não há dinheiro suficiente para todos.
Portanto, não pense que as pessoas prósperas são gananciosas, exploradoras, que elas são responsáveis pela pobreza do mundo, que elas são arrogantes ou infelizes. É preciso pensar de forma mais proativa e mais produtiva em relação ao dinheiro.
Lembre-se que a prosperidade financeira difere da independência financeira. Prosperidade é um estado ou qualidade que se atinge ou conquista, assim como alguém que esteja saudável e em plena ascensão em diversas áreas de sua vida como saúde física, mental, financeira, profissional e social. A prosperidade financeira, portanto, é estar saudável financeiramente e isto está longe de ter somente muito dinheiro, como muitos podem pensar. Trata-se de obter educação financeira, conquistar maior controle emocional, clareza e habilidades de um investidor. Portanto, ser consciente na sua relação com o dinheiro, o que envolve identificar e corrigir falhas como consumismo, incoerências, falta de gratidão com os outros e muito mais!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Brasil que da certo na Ciência e Tecnologia

Em meio a tanto falatório sobre falta de recursos para a ciência e a tecnologia brasileira haveremos de convir que há falta de recursos para todos os setores no país em função de uma tremenda crise de financiamento que atingiu o sistema federal brasileiro.
Desse modo, o governo brasileiro por alguma razão, no passado recente, de alguma maneira gastou o dinheiro daqueles anos e o dinheiro do futuro. Agora o país está mergulhado numa falta de recursos para tudo, não somente para a ciência e tecnologia. Falta  dinheiro para a saúde; para as rodovias; para segurança pública, enfim,  para tudo! Porém, nem tudo são mazelas no Brasil como muitos gostam de alardear.
Para termos uma ideia o sistema de ciência e tecnologia que temos aqui no Brasil foi construído ao longo de muitas décadas. Teve seu início com a criação da primeira universidade brasileira, a Universidade do Paraná, em 1912; que teve sequência na criação de outras universidades como a Universidade Federal do Rio de Janeiro; a Universidade Federal de Minas Gerais; a criação da USP – Universidade de São Paulo nos anos 30; além da criação da Academia Brasileira de Ciências; da Sociedade Brasileira de Química; da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência; do CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, nos anos 50; a criação do INPA – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia; do DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial; da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, etc.
Todas essas realizações vieram se acumulando ao longo do tempo; e todo esse esforço dos brasileiros permitiu ao Brasil possuir hoje uma das mais invejadas agriculturas do mundo; não somente do ponto de vista da produtividade, como também da variabilidade de produtos agrícolas fornecidos, dentre eles bovino, suíno, frango, etc.
Assim, o Brasil se tornou uma espécie de celeiro do mundo na agricultura, por causa da ciência e tecnologia; em boa parte criada por brasileiros que se educaram nas boas universidades brasileiras onde aprenderam a estudar o solo brasileiro, as plantas brasileiras, os animais brasileiros, e como fazê-los funcionar melhor aqui no Brasil.
O país possui 200 milhões de bovinos, e ganha dinheiro sério, com isso, gerando milhares de empregos a nós brasileiros.
O Brasil realizou a sua Indústria Aeronáutica, a 4ª principal indústria aeronáutica do mundo em São José dos Campos. Tudo tocado por brasileiros que se educaram, fizeram pesquisa, aprenderam e entenderam como é que se fabrica avião e como se faz aviões eficientes, de qualidade e competitivos.  
O projeto do álcool etílico brasileiro é outro exemplo de sucesso. Os brasileiros vão hoje aos postos de gasolina, enchem o tanque de seus carros com álcool etílico. Pois é. Em nenhum outro lugar do mundo isso acontece! Todos os países desenvolvidos do mundo estão procurando como substituir a gasolina do petróleo e nenhum até agora encontrou. O único país do mundo que conseguiu fazer isso foi o Brasil com o programa do etanol. O que é invejado no mundo inteiro. E de novo! Feito por engenheiros brasileiros, bioquímicos brasileiros, químicos brasileiros que se meteram a fazer um país industrializado a funcionar a base do etanol. Assim, a ciência e a tecnologia produzida no Brasil tem feito o Brasil ser um lugar melhor.
Lembremo-nos, também, da elevada tecnologia desenvolvida na Petrobras para extração de petróleo em águas profundas, das plataformas flutuantes e da extração do Pré-Sal.
Na Unicamp - Universidade de Campinas, nos últimos 40 anos, seus estudantes criaram mais de 500 empresas que somente no ano passado sustentaram 28 mil empregos, e todo esse conjunto de empresas gerou um faturamento de R$ 3 bilhões. Isso é resultado de ciência e tecnologia, de ensino superior, de boa universidade existente no Brasil.
Por outro lado, sempre se comenta que os brasileiros estão indo embora. Na realidade, existem brasileiros que estão indo embora do país; porém, ao contrário disso, a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo tem recebido e aprovado entre 50 e 100 financiamentos para o projeto Jovem Pesquisador, um programa que acolhe jovens de qualquer lugar do mundo, brasileiro ou não para começar a sua carreira como pesquisador financiado pela FAPESP.
Cabe lembrar que existem projetos fracassados também. É o caso do projeto Ciências sem Fronteiras que torrou R$ 15 bilhões em quatro anos e não trouxe resultados para o país, apenas encargos. Esse é um típico caso onde não procede a crítica de falta de dinheiro para a ciência e a tecnologia no Brasil. Esse recurso gasto sem critério adequado daria para sustentar os bons projetos de ciência e tecnologia aqui no Brasil por dez anos. Vejam que o orçamento do CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para um ano é de R$ 1,5 bilhão.
Outro dado positivo para o país é um programa da FAPESP que financia pesquisa para pequenas empresas. Veja que somente nesse ano a FAPESP já contratou projeto com mais de 200 pequenas empresas, o que indica quase um projeto por dia útil. São empresas que irão desenvolver tecnologia pra crescer e gerar empregos para engenheiros, doutores, mestres e químicos, dentre outros no estado de São Paulo.
São por esses fatos positivos que a ciência e a tecnologia devam ser incentivadas e apoiadas aqui no Brasil, trazendo retorno aos brasileiros e ajudando no interesse público.
A economia brasileira decresceu nos anos de 2014 a 2016 e fez o Brasil entrar na UTI; o que fez decrescer a receita fiscal federal e a também a estadual, gerando uma receita entre 5% e 6% menor para a ciência e tecnologia. Com isso, decresceu a capacidade de aplicação em projetos, porém, algo gerenciável se com critério, autonomia e previsibilidade.  
Assim como o ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica nos deu a origem da aviação  brasileira, hoje o laboratório Síncrotron – um mecanismo de pesquisa de física, química, ciências dos materiais e da biologia nos dará a possibilidade de geração de tecnologia de ponta para o país.
O laboratório Síncrotron é um estudo  brasileiro que vem de 30 anos de operação e desenvolvimento e quando esse acelerador estiver pronto entre 2018 e 2019, ele será um dos dois melhores do mundo! Isso significa que teremos cientistas do mundo inteiro querendo vir para Campinas para usar essa máquina  para fazer a ciência deles. Então, o estado de SP, Campinas e o Brasil se tornarão num polo de pesquisa e de gente fazendo fila para poder usar essa máquina desenvolvida aqui no país por nós brasileiros. Porém, deveremos ser cuidadosos na formação de cientistas brasileiros para a utilização do Laboratório Síncrotron para não deixarmos que somente estrangeiros venham se utilizar do nosso conhecimento.
Vejam que ciência e tecnologia é um negócio que se multiplica por muitas vezes e traz resultados!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Falando sobre Juros

O conceito de juros é bastante antigo e foi amplamente divulgado e utilizado ao longo da História. Esse conceito surgiu naturalmente quando o homem percebeu existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo dentro dos processos de acumulação de capital e de desvalorização da moeda.
Os Sumérios, naturais da Suméria, uma antiga civilização ao sul da Mesopotâmia, atual sul do Iraque e Kuwait, foram os primeiros a tratarem dos juros durante a Idade do Cobre e a Idade do Bronze; embora na Babilônia, comerciantes emprestassem sementes aos agricultores que, ao colherem a plantação, pagavam as sementes emprestadas mais uma determinada parte da colheita.
Atualmente, expressamos os juros em percentuais e o tratamos como remuneração pelo empréstimo do dinheiro; e como na antiguidade o calculamos de duas formas, ou seja, como juros simples e como juros compostos.
Desse modo, o juro pode ser compreendido como uma espécie de aluguel sobre o dinheiro onde a  taxa de juro seria uma compensação paga pelo tomador do empréstimo para ter o direito de usar o dinheiro de outrem até o dia do pagamento; enquanto o credor, por outro lado, receberia uma compensação por não poder usar esse dinheiro até o dia do pagamento correndo o risco de não receber o dinheiro de volta, ao que chamamos de risco de inadimplência.
O juro tem grande importância nas economias locais e mundiais, por isso, se tornou um dos instrumentos de política monetária, mais utilizados pelos Bancos Centrais de, praticamente, todos os países.
Aqui no Brasil os juros acompanham a movimentação da taxa SELIC que é a taxa básica que norteia a cobrança de juros em nossa economia.
Note que, somente falamos em juros quando ocorrem duas circunstâncias distintas: falta de dinheiro ou excesso de dinheiro. No plano individual as pessoas se interessam por juros quando há excesso de dinheiro ao buscar por uma aplicação financeira; ou por outro lado, pela falta do dinheiro e da necessidade buscar um empréstimo para o pagamento de uma dívida, ou mesmo, para iniciar um investimento.
No plano público acontece a mesma coisa. Assim, tudo começa com a necessidade dos governos em fazer investimentos na economia e, por outro lado, pagar suas próprias dívidas. Desse modo, os governos precisarão construir estradas, hospitais, escolas, investir na segurança e na saúde da população. Nesse sentido, o governo irá precisar de impostos. Apesar de o principal meio de arrecadação acontecer pela via dos impostos, existe, para os governos, outra possibilidade de se antecipar dinheiro utilizando o Tesouro Nacional.
Para isso a secretaria do tesouro emite Títulos Públicos que serão adquiridos pelos grandes bancos, de onde os governos conseguem antecipar recursos que poderão ser destinados aos investimentos na economia ou para pagar dívidas provenientes do mau gerenciamento dessa mesma economia.
É o caso das contas do Brasil que se apresentam com déficit de R$ 159 bilhões. Esse rombo precisa ser coberto. Para isso, existem três alternativas de resolução: criar novos impostos, o que a população rejeita; diminuir os gastos públicos, algo difícil, já que o governo tem apenas 12% do orçamento para atuar, os outros 88% são despesas obrigatórias e vinculadas constitucionalmente à saúde, à educação, à previdência e ao pagamento da dívida; ou rolar a dívida através da emissão dos títulos públicos, o que pressiona os juros e provoca inflação.
Por outro lado, podemos destacar a criação da TLP (Taxa de Longo Prazo) que veio em substituição à taxa subsidiada TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) do BNDES. Assim, despercebida da opinião pública essa mudança fará com que não exista mais crédito subsidiado concedido pelo BNDES, que de forma sistemática pressionava os juros para os empréstimos normais às pessoas físicas e às empresas fora do BNDES. Isso tornará competitiva a oferta de crédito no país, o que contribuirá no médio prazo à uma redução do custo do financiamento para o cidadão comum e para as empresas normais; reduzindo os “spreds bancários” (diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar o dinheiro).
Diante deste contexto, especialistas encontram certa dificuldade na projeção dos juros para o ano que vem decorrente do encerramento do ciclo de flexibilização monetária (redução da taxa de juros). Portanto, espera-se uma taxa de convergência dos juros para 7% em razão de incertezas de natureza doméstica devido ao calendário eleitoral, o que pesará na formação das expectativas, a partir do segundo semestre do próximo ano.
No plano externo, aparece a ameaça fiscal americana de redução dos impostos. Essa medida provocará aumento do déficit fiscal americano, forçando o Fed (Banco Central Americano)  a acelerar o processo de aumento dos juros; o que fortalecerá o dólar e pressionará as demais moedas do mundo, assim como o Real, introduzindo um direcionamento de  desvalorização cambial, ou seja, de desvalorização das demais moedas em relação ao dólar.