segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O Bitcoin

O Bitcoin é uma moeda totalmente virtual criada há mais de dez anos, a qual vem atraindo à atenção de investidores em todo o mundo e já se tornou aceita como meio de pagamento em alguns países. Ela se transformou numa moeda, assim como o real ou o dólar, porém, bem diferente dos exemplos citados.
Uma das diferenças marcante dessa moeda é o fato de não ser possível mexer no bolso da calça e encontrar uma delas esquecida, pois, ela não existe fisicamente. Sua existência é totalmente virtual.
Outro fato inusitado é que sua emissão não é controlada por nenhum Banco Central. Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar “bitcoins” e registrar todas as transações realizadas com ela.
No processo de nascimento de uma bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos onde o vencedor recebe um bloco da moeda. 
Portanto, não é necessário ser um especialista para compreender o funcionamento das bitcoins. O nível de dificuldade dos desafios é ajustado pela rede, para que a moeda cresça dentro de uma faixa limitada, que é de até 21 milhões de unidades até o ano de 2140.
Esse limite foi estabelecido pelo criador da moeda, um desenvolvedor misterioso chamado “Satoshi Nakamoto” — que, até hoje, nunca teve a identidade comprovada.
De tempos em tempos, o valor da recompensa dos “mineiros” também é reduzido. Quando a moeda foi criada, em 2009, qualquer pessoa com o software poderia “minerar”, desde que estivesse disposta a deixar o computador ligado por dias e noites. 
Com o aumento do número de interessados, a tarefa de fabricar bitcoins ficou apenas com quem tinha super máquinas. A disputa aumentou tanto que surgiram até computadores com hardware dedicados, exclusivamente, a essa tarefa como o Avalon ASIC.
Além da mineração, é possível possuir bitcoins comprando unidades em casas de câmbio específicas ou aceitando a criptmoeda ao vender coisas.
As moedas virtuais são guardadas em uma espécie de carteira, criada quando o usuário se cadastra em um software específico.
Depois do cadastro, a pessoa recebe um código com letras e números, chamado de “endereço”, utilizado nas transações. Quando ela quiser comprar um jogo, por exemplo, deve fornecer ao vendedor o tal endereço. As identidades do comprador e do vendedor são mantidas no anonimato, mas a transação fica registrada no sistema de forma pública. Detalhe, a compra não pode ser desfeita.
Com bitcoins, é possível contratar serviços ou adquirir coisas no mundo todo. O número de empresas que a aceitam ainda é pequeno, porém, vários países, como a Rússia se movimentam no sentido de regular a moeda. Em abril deste ano, o Japão começou a aceitar bitcoins como meio legal de pagamento. O esperado é que até trezentos mil estabelecimentos no Japão aceitem, até este fanal de ano, esse tipo de moeda. 
Por outro lado, países como a China tentam fechar o cerco das criptomoedas, ordenando o fechamento de várias plataformas de câmbio e proibindo a prática conhecida como ICO (initial coin offerings), uma espécie de abertura de capital em uma bolsa de valores, porém, realizada com criptomoedas.
Já o valor da bitcoin segue as regras de mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação.
Historicamente, a moeda virtual apresenta alta volatilidade. Em 2014, sofreu uma forte desvalorização; no entanto, retomou sua popularidade nos anos seguintes.
Nos últimos anos, o interesse pela bitcoin explodiu. Em dado período a moeda era negociada a pouco mais de mil dólares, para depois chegar a mais de 10 mil dólares.
Os entusiastas da moeda dizem que o movimento de alta deve continuar com o interesse de novos adeptos e com maior aceitação da moeda; enquanto críticos afirmam que a moeda vive uma bolha semelhante à Bolha das Tulipas, do século XVII na Holanda, e que estaria prestes a estourar.

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