sábado, 7 de abril de 2018

A quarta revolução tecnológica chega ao campo brasileiro


A tecnologia 4.0 com forte conteúdo digital chega à agricultura brasileira a qual vem inspirando as novas gerações à sucessão no campo. Diante disso, nossa agricultura passa a se utilizar dos conceitos de Internet das Coisas, de Inteligência Artificial e de “Machine Learning” (aprendizado de máquina) para viabilizar tecnologias de ponta no sensoriamento remoto e na captura de dados em tempo real, tanto na agricultura quanto na produção animal. E dentro deste contexto, nasce a agricultura de precisão e de automação com mapeamento através de drones, facilitando o progresso e a administração rural.
Desse modo, o agribusiness brasileiro que já é pujante, vive agora um novo período de transformação na conectividade do produtor rural de forma remota à sua propriedade, às cooperativas de plantio e a agroindústria.
Assim, a adoção dessas tecnologias permitem aos produtores um gerenciamento com maior eficiência de suas propriedades, com planejamentos mais precisos, com controles financeiros adequados, com controles de estoque e de safra, na busca de diminuição de perdas por lotes e por meio de análises preditivas onde a reunião de informações em tempo real vão além da automação. Elas integram os processos, as operações e o gerenciamento da produção, proporcionando profunda capacidade analítica ao produtor.
O mundo digital vem trazendo novas fronteiras ao agronegócio brasileiro, ao lado de oportunidades e desafios em diferentes áreas, onde a inovação e a sustentabilidade se tornaram os principais temas do momento.
A tecnologia corre assim: satélites e drones colhem informações das condições da agricultura, do solo e das condições meteorológicas e repassam em tempo real para produtores e pesquisadores. Sensores instalados nas plantações começam a guiar tratores e colheitadeiras automatizados, reduzindo custos e melhorando a eficiência das safras, além da utilização de diversos tipos de aplicativos que vêm ajudando agricultores e pecuaristas a terem na palma da mão opções para entenderem melhor suas propriedades, suas culturas e criações; bem como auxiliar pesquisadores e entes públicos na formulação de políticas públicas, ajudando os bancos a mensurarem prováveis riscos no fornecimento de subsídios e de empréstimos.
Os exemplos práticos vêm de várias áreas onde se utilizam de aplicativos que avisam aos produtores de leite quando está na época de colocar uma vaca para ser emprenhada; ou mesmo quando um bezerro deve ser desmamado, assim como aplicativos que agregam informações de 1.600 estações meteorológicas do país que processam dados produzindo modelos e estudos para várias culturas, indicando a melhor época de plantio para cada local ou região. Essas previsões são atualizadas diariamente, bem como os índices de seca, as probabilidades de geada, e a quantidade de água no solo, além de outros fenômenos climáticos. Um software permite ainda reconhecer, por meio de fotos, pragas que possam estar assolando as colheitas e indicar tratamentos preventivos e corretivos.
Assim, podemos dizer que as decisões que os agricultores tomavam até algum tempo atrás, com base em sua experiência e na tentativa e erro, pode ser realizada agora com os rigores científico e analítico.
Órgãos públicos como o Ministério da Agricultura e Embrapa também têm feito parte desses desafios através de novas possibilidades e demandas de pesquisadores, de produtores e de associações empresariais de tecnologia através de novas formas de atuação. Assim, no passado recente estes órgãos governamentais atuavam na pesquisa e desenvolvimento, atualmente, têm atuado como facilitadores, fazendo a ponte entre empresas, startups de tecnologia e investidores.

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